Alucinógenos
De uso exclusivamente religioso, utilizada milenarmente por povos indígenas desde a região Amazônica até o sul dos Andes a palavra Ayahuasca quer dizer Aya “alma” e Waska “corda/cipó”, traduzido para o português: “cipó das almas” ou “vinho dos mortos”1. Muito estudada atualmente o chá apresenta complexidade em sua composição sendo preparado a partir da infusão de dois vegetais nativos da região amazônica, o cipó da Banisteriopsi caapi e as folhas do arbusto Psycotria Viridis1. Entre várias plantas ditas como “alucinógenas” ou “expansoras da consciência”, nenhuma delas é tão interessante, polêmica e complexa como a Ayahuasca2. Nas últimas décadas o uso deste composto vegetal vem expandido pelo Brasil, Estados Unidos e Europa abrindo discussões sobre sua ação farmacológica, efeitos fisiológicos e possível dependência.
MATERIAIS E MÉTODO
Para esta pesquisa foi utilizado como fonte artigos do Scielo e apoio teórico do livro Hoasca: ciência, sociedade e meio ambiente Joaze Bernardinho-Costa. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2011. Como fonte de imagens o livro HALLUCINOGENIC PLANTS by RICHARD EVANS SHULTES GOLDEN PRESS - New York 1976 Western Publishing Company.
RESULTADO
A bebida da ayahuasca contém alcalóides e outras substâncias químicas com propriedades alucinógenas ou expansoras da consciência2. O mecanismo de ação do chá acontece com a inibição temporária da atividade da isoenzima monoaminoxidade (MAO-A e MAO-B), pelos alcalóides beta-carbolínicos (Harmina, THH e Harmalina), agonistas serotoninérgicos indiretos, elevando os níveis do alcalóide DMT (Dimetiltriptamina)2. Inibidoras da MAO as beta-carbolinas podem aumentar os níveis de serotonina no cérebro provocando alterações significativas em emoção, cognição e percepção4. Após a ingestão, sob o efeito do chá a pessoa entra em transe com visões, delírios parecido com sonho e considerado real pelo indivíduo, hipertensão, palpitação, taquicardia, tremores, sensação de medo, perda do controle,