alteridade relativismo cultural
Alteridade é a concepção que parte do pressuposto básico de que todo homem social interage e interdepende do outro. Especificamente na Antropologia teve uma grande importância, pois a Antropologia da época (século XIX) era predominantemente Evolucionista. Neste contexto surge o Etnocentrismo, que depois será “derrubado” ideologicamente pelo Relativismo Cultural, com sua característica principal, a Alteridade.
Denomina-se Relativismo Cultural a ideologia político-social que defende a validade de todos os sistemas culturais, não considerando nenhum superior aos demais. Acredita-se que todos os elementos culturais, como padrões e valores, são convenientes às sociedades onde são vigentes. Essa corrente defende que não devemos observar as demais culturas baseando-nos nos conceitos ocidentais de ética e moral. Para o Relativismo Cultural as designações de “certo” e “errado” são variáveis em cada cultura, pois são decorrentes das experiências de cada sociedade.
Enquanto o Etnocentrismo é um preconceito, e suas derivações doutrinárias (racismo, evolucionismo cultural, etc...) são ideologias – consciência falsa e falta ciência – o Relativismo Cultural pertence à esfera da ciência.
Surgiu depois que a Antropologia adotou como método a observação participante, isto é, produzir conceitos, construir modelos que dessem conta das diversidades das sociedades e culturas. Cada época tem suas “revoluções científicas”, deslocando a problemática e exigindo nova metodologia que corresponda aos objetos novos que a teoria define.
Relativismo Cultural é, também, teoria: instrumento de análise e meio de produção de conhecimentos que, aplicando-se a outros (etnográficos, históricos, etnológicos) produz novos conceitos, fazendo avançar a ciência tornando inteligível a totalidade do real.
A noção de Relativismo Cultural abrange três significados:
Todo e qualquer elemento de uma cultura é relativo aos elementos que a compõem, só tem sentido em função do