Alterações cromossômicas humanas
Os seres humanos, assim como os demais animais, dependem da estabilidade do número e formato dos cromossomos para o desenvolvimento físico e mental harmonioso, bem como para uma fecundidade normal.
Os genes estão contidos nos cromossomos, eles são regiões específicas da molécula de DNA, assim qualquer mudança na quantidade ou estrutura dos cromossomos altera a expressão dos genes e pode produzir um indivíduo inviável ou anormal.
As alterações cromossômicas não são sempre negativas, assim como as mutações nos genes elas podem propiciar a evolução das espécies. Por exemplo, do ponto de vista citogenético, os seres humanos têm 46 cromossomos (23 pares), enquanto que os chimpanzés, nosso parente mais próximo, possuem 48 (24 pares).
Chimpanzé ou Homem: quem evoluiu mais?
Através de técnicas de bandeamento cromossômico verifica-se que os cromossomos destas duas espécies são muito parecidos, indicando a origem comum. Essas técnicas ainda possibilitaram deduzir que o cromossomo humano número 2 resultou de uma translocação Robertosoniana ou de uma fusão cêntrica entre os cromossomos 12 e 13 do chimpanzé. Ou seja, embora tenhamos um cromossomo a menos, a quantidade de DNA é praticamente a mesma entre homens e chimpanzés.
Na evolução dos vegetais é bastante frequente a presença de alterações cromossômicas numéricas muitas originadas de técnicas de melhoramento genético. Por exemplo, o moranguinho que utilizamos hoje tem oito vezes o número de cromossomos da espécie ancestral, enquanto que no trigo esse número é seis vezes maior do que na espécie ancestral.
As alterações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais.
Alterações cromossômicas numéricas.
Elas se caracterizam por alterações no número de cromossomos do cariótipo normal da espécie. Podem ser de dois tipos:
1-Euploidias: são alterações que envolvem todo o genoma. Ou seja, nas euploidias o número de cromossomos dos gametas (número HAPLOIDE) é