Alterações cardiovasculares

Alterações cardiovasculares: infarto agudo do miocárdio e angina pectoris
As doenças cardiovasculares matam mais pessoas por ano do que qualquer outra causa, ocupando o primeiro lugar em todo o mundo. De acordo com dados da World Health Organization (WHO − 2013), em 2008, aproximadamente 17,3 milhões de pessoas morreram de doenças do aparelho cardiovascular, ou seja, 30% do total de mortes no mundo, sendo que cerca de 7,3 milhões dessas mortes se deram apenas por cardiopatias coronarianas.
Entre as doenças cardiovasculares, duas são de maior importância devido à grande incidência: o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), que se caracteriza pela obstrução das artérias que irrigam o coração (coronárias), levando a uma isquemia das células musculares e consequentemente à morte do tecidual (necrose); e a Angina Pectoris (AP), que é muito parecida com o IAM. A diferença entre elas é que, na AP, a obstrução é menor ou transitória, sendo assim um caso de menor gravidade. Porém, deve-se estar muito atento, pois a AP pode tanto preceder um IAM como alertar para algo que não está certo.
A origem do IAM e da AP é, na maioria dos casos, uma doença causada pela aterosclerose, que se caracteriza pelo depósito de gordura no interior das artérias coronárias formando placas. Estas, com o passar do tempo, podem se soltar e gerar a obstrução das artérias e, consequentemente, levar a uma isquemia do músculo.

A arteriosclerose é o endurecimento das artérias e pode ocorrer devido a três doenças coronárias:
Aterosclerose – deposição em placas de substância lipídica ou acúmulo de tecido fibroso ao longo da camada interna dos vasos, o que gera o estreitamento progressivo da luz das coronárias.
Esclerose da média ou esclerose de Monckeberg – caracterizada pelo acúmulo de cálcio na membrana interna das artérias de calibre mediano.
Esclerose arteriolar – que é o espessamento e estreitamento do calibre das artérias menores e arteríolas. Pode estar associada à hipertensão crônica