ALL LOGISTICA
JANUARY 14, 2004
DONALD N. SULL
FERNANDO MARTINS
ANDRE DELBEN SILVA
América Latina Logística
Era 15 de junho de 2001, e Alexandre Behring (MBA pela Harvard Business School em 1995), olhava pela janela de seu carro, após um longo dia de discussão sobre uma possível aquisição. Os pensamentos de
Behring vagavam pelos eventos que o tinham levado a este ponto, desde que tinha se formado na faculdade de administração, seis anos antes. Em 1999, Behring havia se tornado CEO da América Latina
Logística (ALL), uma antiga companhia estatal de estradas de ferro. Aceitar este cargo não havia sido uma decisão fácil. Behring havia desistido de seu cargo executivo na GP Investimentos (uma prestigiosa empresa na América Latina na área de private equity funds) para assumir uma companhia de estradas de ferro de baixo desempenho1. Três anos depois, ele refletia sobre o progresso da ALL até os dias de hoje. As operações da ALL no Brasil tinham melhorado de um prejuízo líquido de R$ 80 milhões em 1997, para um lucro líquido de R$ 24 milhões em 20002 (ver Anexo 1 para as informações financeiras da ALL Brasil).
Durante este mesmo período, a ALL tinha mais que dobrado sua receita, através da aquisição de ativos de outras companhias de estradas de ferro do Brasil e da Argentina.
Conforme dirigia no trânsito do fim da tarde, Behring refletia se a ALL deveria adquirir a Delara
Transportes, uma grande companhia brasileira de transporte rodoviário e logística, operada por seu dono e fundador, Wilson Delara. Por um lado, a aquisição representava uma oportunidade de ampliar os serviços da ALL de uma companhia de transporte ferroviário, para soluções integradas de logística. Por outro lado,
Behring se preocupava com a idéia de que, combinar as operações das duas companhias iria desviar a ALL do seu negócio central de transporte ferroviário, e distrair a atenção da gerência e funcionários de continuar melhorando a rentabilidade da companhia. Behring também se