Alimentos e os aditivos químicos
Nos supermercados e entrepostos de comercialização, dificilmente se encontra um alimento processado que não contenha algum tipo de aditivo químico sintético, descrito nos rótulos em letras minúsculas ou siglas indecifráveis como os P.I., EPX, A-I, CT- II, entre outros. São cerca de 3800 aditivos utilizados como cosméticos para atrair os sentidos e mudar texturas (corantes, flavorizantes, adoçantes, emulsificantes e estabilizantes), como preservativos para aumentar o tempo de vida útil do alimento (antioxidantes) e como agentes que auxiliam nos processos industriais (aditivos que evitam que o alimento grude no maquinário, por exemplo).
Os aditivos fazem parte da composição da maioria dos produtos alimentícios, até mesmo entre aqueles conhecidos erroneamente como “naturais”. São substâncias baratas que conseguem agregar valor a um alimento aparentemente simples. Um aroma de baunilha ou de amêndoas pode transformar simples ingredientes como a farinha de trigo, a gordura hidrogenada e o açúcar em produtos bastante atraentes para o consumidor.
Desde o início do século 20, agentes químicos são usados na indústria alimentícia. O cloro é usado para clarear as farinhas e o bromato para melhorar a qualidade de panifício. Amaciantes, como mono e diglicerídeos, retardam a aparência do alimento velho e o propionato de cálcio previne o mofo.
Atualmente um dos grandes objetivos desses aditivos é produzir substâncias que imitem diferentes sabores e cores; assim uma batata frita pode ter gosto de carne defumada ou queijo, uma bolacha de trigo pode ter sabor de pizza e um iogurte de morango pode ser rosa choque, por exemplo.
Sua utilização crescente preocupou os órgãos ligados à área da saúde pública a ponto de, já em 1957, a Organização Mundial da Saúde ter promovido um encontro de