Alienação

DA ORIGEM E DO CONCEITO DA ALIENAÇÃO PARENTAL

Atualmente os operadores do Direito envolvidos com o Direito de Família, se deparam, em algum momento, com um fenômeno já conhecido e, cada vez mais freqüente no judiciário, chamado SAP – Síndrome da Alienação Parental.
Para compreendermos o tema, faz-se mister que entendamos um pouco a evolução da sociedade e do conceito de família. Há anos atrás poderíamos encontrar nas famílias, o que podemos chamar de bem definidos, os papéis do pai e da mãe na relação familiar.
Em primeiro plano, o PAI, era o provedor da família, tendo incumbência de trabalhar e sustentar a família, dando-lhe condições econômicas para sobrevivência. O genitor de forma geral não tinha participação efetiva na criação, educação e afeto com os filhos; era na maioria das vezes lhe atribuído o caráter de tribunal superior da família, uma vez que a mãe, quando os filhos a desobedeciam e eram graves os resultados, chamava o pai para que aplicasse sanções ao filho.
Em segundo plano, a MÃE, era a responsável pela criação dos filhos, provendo-os de educação, carinho e das demais necessidades domesticas. A ela era dada pouca oportunidade de trabalhar fora de casa.
Quando da separação destes casais, era comum a guarda dos filhos ficar com a mãe, pois a sociedade patriarcal, dispunha do entendimento que criar filho era tarefa da mulher.
Contudo, ao longo da evolução social, a mulher tem conquistado oportunidades na sociedade, chegando por vezes à disputa com homens no mercador de trabalho e, em contrapartida, os homens também tem se dedicado cada vez mais aos filhos e às atividades domesticas.
As relações familiares que tinha por base os laços consangüíneos e as relações de parentesco, agora primam pela afetividade entre os familiares, ou seja, dá-se primazia aos laços afetivos.
A sociedade tinha ainda, a concepção da indissolubilidade do casamento, o que também evoluiu e, hoje é possível através do divorcio romper o vinculo conjugal. Neste ponto surge