Algumas considerações sobre a educação
Gostaria de iniciar essa conversa com você leitor falando um pouco sobre mim. Nesse momento me vem a mente as tradicionais palestras que muitos de nós já tivemos oportunidade de assistir e que são na maioria das vezes bastante proveitosas. Nas apresentações iniciais destes eventos, que serve como um prólogo no qual se desfila uma série de realizações e títulos acadêmicos e que tem como objetivo mostrar a importância do palestrante ao mesmo em que confere a ele, e com largo mérito, uma respeitabilidade que, no fundo o legitima para falar do assunto sobre o qual propõe discorrer. Não é o meu caso. Não sou especialista em educação, não tenho título de mestrado ou doutorado, não tenho uma lista de livros escritos e/ou publicados, na verdade não tenho nenhum, e também não sou figura importante da mídia local, quanto mais da nacional. Entretanto possuo dois elementos que julgo importante para falar do assunto: Sou PROFESSOR, atuante em sala de aula e ancoro minha análise naquilo que faço mal e parcamente diante de tantas outras pessoas melhor preparadas que eu, ou seja, na leitura da realidade em que vivo e atuo. Agora caro leitor, você pode se quiser continuar a leitura sem que depois se sinta enganado.
No decorrer dos últimos anos e para o bem dela, a educação formal vem sendo amplamente discutida pela sociedade. Sobre como resolver seus gravíssimos problemas temos lido e escutado diversos profissionais, especialistas em várias áreas do conhecimento humano: Sociólogos, Psicólogos, Pedagogos, Jornalistas etc. Não obstante a educação informal, aquela que acontece fora do prédio escolar deixou de ser até mesmo lembrada, a mesma paira sobre nossas cabeças como um espectro que todos preferem que não seja sequer lembrada, quanto mais problematizada, como se para que a primeira pudesse se realizar, alcançar algum sucesso, não dependesse da segunda. Dessa forma, pelo abandono, é tratada como se não tivesse nada em comum com a