Alfabetiza
Faculdade de Ciências e Tecnologia - Unesp / Presidente Prudente
O ensino da língua escrita abarca uma infinidade de saberes, habilidades, procedimentos e atitudes que se constroem em longo prazo pela possibilidade de, entre tantas coisas, conhecer letras e expressar sentimentos, decodificar sinais e interpretar o mundo, selecionar informações e articular ideias, escrever palavras e se relacionar com o outro, conhecer as arbitrariedades do sistema e aprimorar esquemas de organização do pensamento, desenhar traçados convencionais e recriar as dimensões humanas de tempo e espaço, respeitar normas e constituir-se como sujeito autor, adestrar os olhos e viajar por meio da leitura, dominar a mão e usufruir o direito à palavra. Das mais pontuais e mecânicas às mais abstratas e existenciais, todas essas aquisições merecem ser discutidas não só pelo mérito que têm em si, mas pelo que o seu conjunto pode representar ao sujeito e à sociedade.
(COLELLO, 2010, p. 77-78)
Neste capítulo apresentaremos1 o estudo teórico acerca da temática Alfabetização. Efetuamos essa apreciação com o intuito de ampliar as reflexões e discussões que serviram de base para a realização de uma análise significativa dos dados coletados.
1. A partir deste capítulo será usada a primeira pessoa do plural (Nós), por se tratar especificamente da investigação realizada.
1.1 Concepções sobre alfabetização
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), em seu capítulo
II, trata especificamente da educação básica da qual a alfabetização é o ponto-chave, e em seu artigo 22 esclarece que “a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe formação comum e indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Além disso, os PCN (1999) para o ensino de Língua Portuguesa definem os seguintes objetivos para o Ensino Fundamental:
15
EIXO ARTICULADOR: EDUCAÇÃO INCLUSIVA E ESPECIAL
Liliane