Alexandria: uma analise educacional.
Maria Elba Soares[1]
“Se toda estrela cadente cai pra fazer sentido
E todo mito quer ter carne aqui.
A ciência não se ensina.
A ciência insemina, a ciência em si.”
Arnaldo Antunes e Gilberto Gil
RESUMO
O artigo apresenta uma discussão teórica através de um roteiro cinematográfico, definições de ciências, religião e gênero na perspectiva da cultura do início da idade média. Situa reflexões sobre a ciência integrada à filosofia e à história e dá ênfase à necessidade de valorização do conhecimento. Também tece um debate acerca do ensino de ciências através de um novo olhar, projetando um ensino contextualizado e crítico.
Palavras-chave: ciências, cinema, ensino, história e filosofia.
ABSTRACT
The article presents a theoretical discussion by a film script, definitions of science, religion and gender from the perspective of the culture of the early Middle Ages. Reflections located on the integrated science to philosophy and history and emphasizes the need for enhancement of knowledge. It also weaves a discussion of science education through a new look, designing an educational context and critical.
1. INTRODUÇÃO
A linguagem cinematográfica tem a capacidade de projetar ficções, de antecipar estilos, de debater temas banais e polêmicos e de revisitar o passado. Aqui convidamos o leitor a envolver-se num roteiro que data do ano de 391 d.C., início do cristianismo na história do ocidente.
A temática do filme Alexandria remonta os discursos e a cultura do início da idade média, conduzindo-nos a construção imagética do espaço e do tempo histórico e nos remetendo ao passado como se este fosse passível de ser revivido. O filme trata das concepções relacionadas ao papel da mulher, as ideias sobre o conhecimento, as experiências com a