Alexandre
Após o assassinato de Felipe da Macedônia em 336 a.C., subiu ao trono o seu filho de 22 anos, Alexandre. Este herdou da mãe um temperamento altivo e ardente. O seu preceptor Aristóteles ensinou-lhe o respeito à inteligência e a disciplina de espírito; Aristóteles também ensinou-lhe os poemas de Homero. Sem dúvida o jovem Alexandre deixou-se influenciar por essas histórias de heróis míticos, principalmente pela de Aquiles, que lutava pela gloria pessoal. Alexandre assimilou as técnicas militares e as qualidades de liderança de seu pai.
Alexandre herdou também de Filipe uma política estatal conquistadora. Uma tal façanha atraiu o espírito aventureiro do jovem Alexandre; uma guerra de vingança contra os persas, que dominavam as cidades-Estados gregas na Ásia Menor, também estimulou os sentimentos pan-helênicos de Alexandre. Foi herdeiro de Isócrates, orador do século IV, que pregava uma cruzada contra a Pérsia para unir os gregos numa causa comum. Filipe pretendera preservar seu domínio na Grécia, expulsando os persas da Ásia Menor. Mas Alexandre, cuja ambição não conhecia limites, aspirava a conquistar todo o Império persa. Audacioso, bravo e inteligente, Alexandre possuía a indomável energia de um aventureiro romântico.
Em 334 a.C., à testa de um exército de 35 000 homens, Alexandre atravessou a Ásia Menor. Além de soldados, o ex-aluno de Aristóteles levou cientistas para estudar a vida vegetal e animal e cartografar o terreno. Após conquistar o litoral da Ásia Menor, Alexandre marchou contra a Síria e derrotou o exército Persa na batalha de Isso. Mais do que ir no rasto do fugitivo rei persa Dário III, Alexandre não se arredava de seu plano principal, que incluía a conquista dos portos marítimos para desbaratar a esquadra persa. Tomou Tiro, cidade tida como inconquistável, e avançou rumo ao Egito. Em reconhecimento de terem sido libertados do julgo persa, os egípcios fizeram Alexandre faraó. Alexandre nomeou prepostos para