Alemanha: império, barbárie e capitalismo - Braga
A Grande Depressão (1873-96) não chegou a afetar a Alemanha e o protecionismo impulsionou ainda mais a autossuficiência. A superioridade industrial alemã consolidava-se através de inovações tecnológicas, estimuladas pelo papel da educação, que até hoje é determinante originário da existência de uma classe trabalhadora altamente qualificada e promotora de uma elevada produtividade social do trabalho. Outra razão para o sucesso foi a articulação entre bancos e indústrias, que lhe ampliava o raio de manobra monetário-financeiro frente ao padrão-ouro gerido pelos ingleses. O fato dos bancos possuírem volumes elevados de ações das empresas levava a pressões para que se firmassem acordos de cartelização. Havia uma convicção de o bem estar social é consequência do “sucesso do Estado”, com uma combinação de conservadorismo, anti-revolução, capitalismo organizado e Estado nacional-imperial-militarista.
A Alemanha saiu arruinada da primeira guerra mundial, com dívidas impossíveis de serem cumpridas, além de uma hiperinflação. Esta desapareceu em 1923 com a reforma monetária. E já em 1929 a