TEMA ABUSO DO ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA A adolescência é uma fase de rebeldia. Ao mesmo tempo, é uma fase de escolhas e amadurecimento, na qual se busca um plano de vida: os estudos, a universidade, a profissão. Por vezes, os jovens fazem escolhas erradas. O alcoolismo é uma dessas escolhas cada vez mais frequente, como revelam as pesquisas. Entre 13 e 14 anos, o número de pessoas que usam o álcool é uma preocupação crescente para os órgãos de saúde pública. Na faixa etária dos 15 a 19 anos, uma situação alarmista. Quais, afinal, as causas de tantos viciados? Primeiramente, a curiosidade. A ela se soma uma cultura – transmitida pelos próprios pais, às vezes -- que enxergar no uso da bebida uma “ação de emancipação”, como se o ato de beber fosse uma autoafirmação da transição da infância para a vida pré-adulta. Em segundo plano, mas não menos importante, os conflitos familiares, as brigas entre pais e filhos ou mesmo as discussões entre os próprios pais. Esses fatores, acrescidos das más amizades, levam os jovens à ilusão de que bebida trará felicidade ou ao menos amenizará os problemas deles. O que não é verdade. O vício do álcool ou de qualquer outra droga amplifica os problemas, a exemplo da violência, as mortes ou invalidez por acidentes, a evasão escolar, a instabilidade no emprego. A sensação de felicidade e libertação dos problemas é, portanto, mera ilusão de embriaguez, conseqüência da saída do estado de realidade. Prevenir o alcoolismo na adolescência, como em qualquer outra fase da vida, deve ser o compromisso de famílias, governos e escolas. Para tanto, é imprescindível a punição aos vendedores irresponsáveis de bebidas a menores, através do incremento da fiscalização. Aos pais, cabe a tarefa de educar os seus filhos através dos seus próprios exemplos; às escolas, o comprometimento de fazer do tema prevenção do álcool um debate constante. Tudo isso proporcionará aos adolescentes uma fase de vida proveitosa e de escolhas corretas.