Segundo pesquisadores, um hormônio chamado leptina pode ter relação com doenças como alcoolismo e obesidade. A leptina está presente em todas as pessoas e está ligado á função de saciedade após ingerir uma certa quantidade de alimento. Já em pessoas que não tem controle e sofrem com a compulsão alimentar e alcoólica, este hormônio pode atuar no cérebro fazendo com que nunca se sinta satisfeita. Para conhecer melhor a leptina, e tentar descobrir uma molécula que seja capaz de bloquear este ou outros genes que favorecem a compulsão, os pesquisadores convocam obesos voluntários que queiram participar da pesquisa. Esta preocupação se dá pelo fato deste desequilíbrio poder causar mudanças na área do cérebro que é responsável pelas sensações. Estas mudanças estão relacionadas com o mecanismo de recompensa e resultam na ingestão compulsiva semelhante ao que acontece com o consumo de drogas. Após ser entrevistado, Ricardo Machado Hagler de 50 anos, já teve os dois vícios. E afirma que como não tinha muito tempo para comer, comia depressa e em lugares sem qualidade. E também e diz que foi nesse período que começou sua compulsão pelo álcool. Na opinião de Paulo Augusto, endocrinologista (Sbem), a falta de controle é um assunto complexo na maioria das vezes, a dificuldade está em quantificar as calorias ingeridas ou até mesmo em organizar a alimentação durante o dia. “Essa complexidade envolve órgãos variados e eixos hormonais. Temos dezenas de hormônios que agem no aumento do apetite e outros que atuam no aumento da saciedade e tem o controle imediato sobre ela”, afirma Paulo Augusto. Depois dessa descoberta acredita-se que: a leptina atua tanto no controle do apetite quanto no aumento da saciedade, é por isso que os pesquisadores da UFMG querem descobrir os outros hormônios que estão agindo nesta compulsão.