Alcool e Jovens

Álcool, jovens e excessos: Socialização?

O álcool é uma droga consumida por todas as faixas etárias, porém quando se trata de crianças ou jovens, começa-se a cogitar a possibilidade de um problema. Segundo Salles (1998), uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) em 1997 com estudantes de escolas de Ensino Fundamental e Médio de dez capitais brasileiras, revela que o álcool e os solventes são as drogas mais consumidas pelos adolescentes.
O consumo do álcool é utilizado para socialização desde a antiguidade. Os egípcios festejavam com vinho; na Europa Medieval o hidromel era bebida mais apreciada; até mesmo os deuses do Olimpo (Mitologia Grega), deliciavam-se com a famosa ambrosia. Logo percebemos então que a utilização desta substancia para fins sociais está diretamente ligada a nossa cultura mundial.
Como toda e qualquer outra substancia considerada como droga, logo vem a dependência. O que põe em risco então o futuro da nossa sociedade, pois o álcool pode ser apenas a porta de entrada para um barco sem rumo, envolvendo outras drogas, desestruturando famílias ou até mesmo no triste fim, a morte. O uso abusivo de álcool é caracterizado pelo forte vínculo com essa substância, o que interfere nas relações intra e interpessoais de quem abusa. Inclui a ideia de uso em excesso, descomedimento e uso indevido. É importante ressaltar o enfoque do uso abusivo de drogas, o que difere do enfoque do uso de drogas.
Logo, de uma simples festa com os amigos, um ou dois copos para socializar, transformam-se em uma ou duas garrafas, então em dois ou três dias, enfim, basta começar sem controle para não controlar mais nada. O problema não está na utilização, mas sim na proporção e frequência utilizada. Se a sociedade de fato entendesse que para tudo na vida há limites, muitas famílias não estariam perdendo pais, mães, filhos ou filhas, pela simples falta de limites.