Ajuntamento
IV. 1-A música no Cristianismo: Parte I
Mais do que um sistema de sons, a música no Cristianismo tem o importante papel de prestar um culto de louvor e adoração ao seu Deus. Em toda a bíblia cristã são encontradas muitas referências sobre o uso da música. No antigo testamento, o livro dos salmos é o que melhor revela a base de louvor cantada pelo povo de Israel. Com setenta e três salmos de sua autoria, o Rei Davi foi o que melhor retratou a importância da música como ato de adoração:
“Cantai ao senhor um caniço novo, cantai ao senhor todos os moradores da terra. Cantai ao senhor, bendizei o seu nome: anunciai a sua salvação de dia em dia. Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas. Porque grande é o senhor, e digno de louvor, mais tremendo do que todos os deuses”. (Sl. 96: 1-4)
No novo testamento, o apóstolo Paulo também reconheceu o valor da música na vida dos cristãos. Com base nisso, observando as igrejas cristãs que acabavam de se formar, ele fez recomendações sobre o uso do louvor, a fim de que a palavra de seu mestre, Jesus Cristo, habitasse devidamente nos cristãos através de salmos, hinos e cânticos espirituais.
Foi sabendo deste poder que a arte musical promove que a igreja cristã, ao longo de sua história, tem tomado a precaução de utiliza-la como um instrumento a seu favor; seja doutrinando os seus fiéis, utilizando a música enquanto reflexo da sua doutrina, ou mesmo, enquanto eficiente canal de propagação do evangelho de Jesus Cristo.
No entanto, apesar das referências aos cânticos e, inclusive, aos instrumentos musicais, não são encontrados na bíblia nem em toda literatura secular, registros de como eram entoadas as melodias pelo povo de Israel nos tempos do antigo testamento. Segundo o artigo A música na igreja 1, nem sequer os gregos, que bem antes de cristo (Pitágoras-século VI antes de cristo) realizaram profundos estudos sobre a física do som e suas combinações, nos deixaram