ROUSSEAO
Se na sua condição primitiva o homem apenas tinha compromisso em alimentar-se e abrigar-se, sua capacidade de perfectibilidade lhe confere novos conhecimentos para agir contra as dificuldades que lhe vão surgindo, até compreender que em grupo lhe é mais fácil adquirir alimentos e abrigar-se, bem como agir contra as intempéries da natureza. Rousseau acredita que até determinada época a sociedade humana era boa, podia sanar todas as suas necessidades sem grandes disputas ou sentimentos impróprios para a convivência social, o homem mantinha as características da sua condição natural, porém sua perfectibilidade não permitiu e foi evoluindo até as civilizações mais avançadas tecnologicamente e politicamente corrompidas. As pequenas comunidades eram felizes e mantinham a preocupação com o seu bem estar, o que não ocorre em um sistema social de maiores proporções. A ausência de lideres, juízes ou qualquer tipo de lei que regulamenta-se as disputas oriunda do ajuntamento dos homens, bem como o surgimento da agricultura e outras modificações na sociedade primitiva, traz um estado de disputa entre os homens que não havia anteriormente, dando espaço para necessidade de leis para proteger as recém formadas propriedades privadas e a configuração da diferenciação entre os homens, com a divisão do trabalho alguns se tornam ricos e outros pobres e as leis são para proteger as propriedades dos ricos e as prerrogativas dos mais abastados
Rousseau passa a indagar que tipos de governos podem ter surgido. De antemão descarta a possibilidade de um governo despótico ter sido o iniciador do processo, pois o sentimento de liberdade do homem não o permitiria. Jean-Jacques diz que os governantes devem ter surgido de forma eletiva, isto é, se em uma comunidade uma única pessoa era considerada digna e capacitada para governá-la surgiria um