Agropecuaria
Tanto no Nordeste quanto no Brasil como um todo, a pecuária leiteira registrou substancial aumento de produtividade nos últimos anos. Tanto o rebanho bovino quanto o de caprinos experimentaram alta na produção de leite mesmo com redução do número de matrizes ordenhadas, o que se explica por fatores como a melhoria da qualidade genética dos rebanhos leiteiros, manejo alimentar e tratamento sanitário adequados.
Com base nos censos agropecuários de 1995/96 e 2006, é possível observar que no caso da pecuária de leite bovina, o Nordeste melhorou a sua participação em relação ao resto do País em termos de produção total e volume comercializado. Na região, onde o segmento é caracterizado pela presença maciça de pequenos e médios produtores, existem áreas bastante propícias para a exploração da bovinocultura leiteira.
Conforme os censos, a produção nacional de leite cresceu 12,5% entre 1996 e 2006, passando de 17,9 para 20,2 bilhões de litros, embora o rebanho ordenado tenha diminuído 8% no intervalo intercensitário (de 13,7 para 12,6 milhões de cabeças). Em âmbito regional, no mesmo período, o acréscimo na produção alcançou 378 milhões de litros, alta de 16,6%, totalizando 2.652 milhões de litros para um rebanho que caiu de 2.884 mil para 2.411 mil cabeças, o que indica produtividade acima da média brasileira.
O Nordeste aumentou a sua participação em relação ao Brasil também quanto à venda do leite, passando de 9,7% para 11,6%. Dentro da região, os estados da Bahia, Pernambuco e Ceará lideram a pecuária leiteira bovina, com quase dois terços da produção total em 2006.
Essa evolução também é observada no período 1990/98 a 1999/03, segundo atesta trabalho conjunto do BNB e Embrapa divulgado no livro "Sistema Agroindustrial do Leite no Nordeste", de autoria de uma equipe integrada por técnicos das duas instituições. Cinco estados lideraram a produção de leite (Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Pernambuco), colocando-se acima