Agropecuaria - Manipulação da Caatinga
A intensidade do raleamento depende das condições topográficas do terreno e das características da vegetação. Áreas de caatinga raleada deverão ter um sombreamento por árvores e/ou arbustos em cerca de 40%, correspondendo a cerca de 400 árvores de porte médio por hectare. Reduções abaixo destes valores de cobertura e densidade não resultam em aumentos relevantes da produtividade do estrato herbáceo e da produção de forragem como um todo. Assim sendo, as extensas áreas dos tabuleiros sertanejos, ou seja, as regiões recobertas por solos dos tipos planossolo solódico e solonetz solodizado, não carecem e não respondem aos métodos do raleamento, pois, a cobertura de sua vegetação arbórea está muito aquém dos 40%. Os aspectos topográficos da área, principalmente a declividade, influem na intensidade do raleamento, por causa do perigo de erosão devido à maior exposição do solo, não sendo recomendado o raleamento em áreas com declividade superior a 10%. Como, com esta prática, obtém-se um aumento considerável da produção de fitomassa do estrato herbáceo, que passa a contribuir com cerca de 80% da fitomassa pastável disponível, presta-se o raleamento à exploração com bovinos e/ou ovinos. Por outro lado, nem todos os sítios ecológicos respondem ao raleamento. Na verdade, muitas áreas do semi-árido nordestino, devido a fatores não bem esclarecidos, são desprovidas de estrato herbáceo que se preste, quer quantitativa, quer qualitativamente, ao pastoreio. É, pois, importante, antes de decidir pelo método, procurar obter