agronomia
Para efeito de cálculo, foi considerado que nos próximos dez anos o consumo per capita de arroz em casca no Brasil será de 67 quilos ao ano, o que permitiu chegar a uma projeção de demanda de 12,1 milhões de toneladas em 2010, crescendo para 13,6 milhões de toneladas em 2020.
Já a estimativa da produção de arroz no Brasil no período de 2010 a 2002 foi feita considerando taxas de crescimento da área de 1,36% (ao ano) e da produtividade de 2,58% (ao ano) no Rio Grande do Sul e taxa negativa de crescimento da área de 3,34% (ao ano) e da produtividade de 2,58% (ao ano) para os demais estados produtores de arroz no Brasil, com exceção de Santa Catarina, cuja produção foi considerada estável (em torno de um milhão de toneladas).
Chegou-se as esses números por meio de análises das séries históricas de dados do IPEA e do IBGE. O resultado foi de uma oferta de 13,1 milhões de toneladas de arroz em casca em 2010, aumentando para 17,1 milhões de toneladas em 2020.
Com estas pressuposições, projetou-se um cenário com excedente de arroz no Brasil. Ou seja, nos próximos dez anos, obtém-se um balanço superavitário sempre crescente, variando 450 mil toneladas (correspondendo a 3,4% do total produzido) a 2,9 milhões de toneladas (17,1% do total produzido).
São três alternativas que a rizicultura nacional possui diante desse cenário: diminuir o ritmo de evolução da produção; estimular o consumo; ou exportar o excedente.
A opção de restringir a produção não é interessante, pois irá gerar impactos negativos no aspecto econômico, principalmente, para as indústrias, que ficarão ociosas.
Já a alternativa de aumentar o consumo pode ser feita pensando-se no produto in natura ou pela industrialização de derivados do arroz. O