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AGRONEGOCIO
“Essa onda de investimentos representa um novo marco nas relações do Brasil com a China no segmento do agronegócio e abre grandes oportunidades em áreas, como a de fertilizantes”. É com essas palavras que Yinfeng Wang presidente do grupo chinês Chongqing Grain Group descreve a relação entre Brasil e China.
A reportagem nos mostra que os chineses são gigantes em franco crescimento, no campo da tecnologia, e no campo das commodities eles querem ser imbatíveis. Embora sejam os maiores compradores de soja e minério de ferro produzidos no país, eles querem ir mais além, e querem se tornar produtores, especialmente no agronegócio. Segundo Wang, o grupo Chongqing Grain Group foi responsável, por um investimento de R$ 600 milhões na Bahia, com a construção de uma esmagadora de grãos no município de Barreiras, e que dobrará os recursos no país. Com este cenário Wang afirma que os chineses nunca tiveram tanta pressa em se instalar no país.
Esses investimentos poderiam ser maiores, se os chineses não enfrentassem uma resistência nas alas mais protecionista do governo, principalmente quando o assunto e aquisição de terra. Em 2011, a Advocacia Geral da União (AGU) endossou um parecer que restringi investimentos estrangeiros em compra de grandes propriedades de brasileiras, sob o argumento de proteção nacional.
“Os chineses só não investem mais na agricultura porque o Brasil não deixa”, essas palavras foram ditas pelo presidente da consultoria Informa Economics FNP. Em 2011 a decisão da AGU paralisou R$ 4 bilhões em recursos chineses, que estavam sendo utilizados para a compra de áreas rurais, movimento que tem ocorrido em países africanos.
Enquanto a polemica decisão sobre os investimentos estrangeiros em aquisição de fazendas não e resolvido, os chineses investem da porteira para fora, na aquisição de indústrias e em participações de projetos de infraestruturas.