Agroflorestas e Serviços Ambientais: espécies para aumento do ciclo sucessional e para facilitação de fluxo gênico.
Carlos Eduardo Sícoli Seoane1, Rodrigo Ozelame Silva2, Walter Steenbock3, Wilnatã Maschio4, Isaque Leal Pinkuss5, Luiz Paulo Gnatta Salmon6, Raphael Snak Serafim da Luz 7, Luís Cláudio Maranhão Froufe1
Resumo: Agroflorestas tem o potencial de domesticar paisagens sem no entanto trazer os impactos ambientais negativos geralmente associados a este processo, havendo mesmo um potencial da prestação de vários serviços ambientais, entre eles, a facilitação de fluxo gênico. Partindo da premissa que ciclos mais longos de Agrofloresta tem maior potencial para gerar serviços ambientais, o objetivo deste trabalho foi estudar a domesticação de paisagens e serviços ambientais da Agrofloresta praticada pela Cooperafloresta no Vale do Ribeira e selecionar espécies arbóreas bioindicadoras e com potencial econômico. Para tanto realizaram-se entrevistas, análise fitossociológica e estimativas de biomassa e carbono na vegetação, além de pesquisa bibliográfica. Há dois métodos de domesticação de paisagem: Parcelas de Agroflorestas e Parcelas de Capoeiras. As Capoeiras são as atuais matrizes da paisagem destas propriedades. Nas Agroflorestas identificamos 222 espécies vegetais. A biomassa de carbono variou entre 39,56 e 129,06 Mg C ha-1 e a taxa anual de incremento de carbono variou de 6,59 a 21,51 Mg C ha-1.. As Agroflorestas promovem restauração da floresta tropical e a fixação de carbono. As espécies arbóreas com maoir potencial de aumento da aduração do cilclo economico e de bioindicação foram: Zanthoxylum rhoifolium, Campomanesia xanthocarpa, Prunus sellowi, Centrolobium spp e Citharexylum myrianthum.
Palavras–chave: Sistema Agroflorestal, Agroecologia, serviço ambiental, fluxo gênico, bioindicadores.
1 _ Pesquisador da Embrapa Florestas, autor para correspondência (eduardo@cnpf.embrapa.br); 2 _ Pesquisador da Cooperafloresta; 3 _