Agricultura Indígena
Como agricultores, os índios empenham esforços no preparo e plantio da terra, no cultivo e na colheita.
A derrubada e a queimada da mata são processos habituais para a limpeza das áreas destinadas ao cultivo da lavoura. Da limpeza só os homens tomam parte. Antes do contato com os civilizados, as árvores mais grossas eram derrubadas com fogueiras, perfurando-se o solo à sua volta com a ajuda de paus pontudos ou bastões de cavar. Hoje, já são utilizados instrumentos de ferro, tais como machados, facões e enxadas.
Após a derrubada, os índios atiram fogo aos troncos e aos garranchos que estão próximos. Sobre as cinzas e entre os troncos derrubados se inicia o plantio.
Algumas tribos têm roças razoavelmente grandes e outras, plantações bem pequenas. Plantam favas, arroz, feijão, diferentes espécies de milho... Cultivam também a banana-da-terra (banana de fritar), a abóbora e a melancia.
Mas a base da alimentação indígena é mesmo a mandioca, predominando o cultivo da mandioca-brava, assim chamada porque essa espécie possui um veneno mortal. Para retirá-lo, há dois processos: ou deixam a mandioca, depois de descascada, dentro da água até apodrecer, para depois socá-la; ou, depois de lavada, colocam-na na esteira de buriti, onde será ralada e espremida para que seja eliminado o sumo venenoso. Após a secagem, a mandioca se transformará em farinha, pão, beiju e mingau.
Os pães são obtidos fazendo-se com a massa grandes bolos, colocados ao sol para secar. Em seguida, são armazenados em grandes cestos ou tulhas.
Para se fazer o beiju, esse pão é umedecido, esfarinhado em panela circular e levado ao fogo. O beiju é alimento de toda hora, pois os índios não têm horários marcados para suas refeições. Eles comem quando sentem fome. Eles o ingerem sozinho ou recheado com peixe cozido.
O mingau é feito desmanchando-se, com pancadas de um pedaço de pau, o pão seco em farinha. Esta é levada ao fogo, numa panela com água, e transforma-se num