Agicultura familiar
Nos últimos 50 anos, com a rápida transformação da realidade rural, concentração da propriedade da terra e a modernização tecnológica da agricultura, muitos acreditavam no desaparecimento da agricultura familiar, pois os agricultores familiares não teriam espaço com a expansão da agricultura empresarial e a agricultura familiar não persistiria devido a sua forma de produção ultrapassada, com baixa competitividade e que os agricultores familiares não estariam dispostos a mudas o seu modo de vida. Contudo, apesar de conviver com um enorme processo de exclusão empresarial, a agricultura familiar tem conseguido manter-se no meio rural em diversas regiões do país, mostrando a grande capacidade de adaptação desse grupo social frente às transformações da economia e da sociedade com uma grande importância econômica nacional, pois sem ela, não haveria condições de manutenção do abastecimento de alimentos em quantidade, diversidade e qualidade suficientes para a garantia da segurança alimentar do país. Além disso, a agricultura familiar possui uma grande capacidade de manejar de forma sustentável os agrossistemas, mostrando uma grande aptidão para a gestão dos recursos naturais de modo a manter a biodiversidade, a agro biodiversidade e os sistemas agrícolas complexos em geral.
No início da década de 1960 a população rural ainda era superior à urbana, já na década de 1970 a população urbana superou a rural superando-a em 80% do total de pessoas no País. A renda anula do conjunto de estabelecimentos rurais familiares no Brasil tem sido inferior à renda total da agricultura patronal, contudo, dados do IBGE (1998) mostram que a renda por hectare da agricultura