africa
Vamos apresentar algumas pistas para entendermos a lógica da música africana moderna, profundamente marcada pela música tradicional de uma miríade de etnias e áreas culturais da África negra. Um louvor «Ensinaram-nos que a música é a arte de combinar adequadamente os sons, tornando-os agradáveis ao ouvido; mas, para os africanos, a música é a arte de louvar a vida.» Esta afirmação, feita pelo músico camaronês Francis Bebey, no I Festival das Artes Negras, em Dacar (Senegal), explica os fundamentos dos cantares africanos desde o tempo dos antepassados. A música africana tem uma estreita relação com todos os acontecimentos da vida diária.
Há músicas especiais para os trabalhos agrícolas e para os trabalhos mais pesados. A música acompanha os casamentos, as festas do povo, as mortes... A música entra, igualmente, no mundo espiritual, nos ritos e na magia. Canta-se a vida quotidiana, a África com os seus homens, os valores tradicionais, o orgulho, os sonhos, as alegrias e as penas dos africanos. Os temas são tirados do dia-a-dia; englobam todos os sectores da vida, tanto pessoal como social, e estão carregados de conteúdo moral, religioso e até político.
A sul-africana Myriam Makeba lutou com a sua