Africa subsaariana
A continuidade dos conflitos armados, o avanço de epidemias e o agravamento da miséria marcam a história recente da África e contribuem para o isolamento económico do continente. Algumas nações alcançam relativa estabilidade política e desenvolvimento: é o caso da África do Sul, responsável por um quinto do PIB africano, graças à exportação de ouro, minério de ferro, diamante e carvão e a maciços investimentos no parque industrial, e dos países árabes da chamada África Branca, ao norte, como Líbia, Argélia e Egipto, onde a economia está baseada na exploração de petróleo e gás natural. Enquanto isso, a região da África Subsaariana, que abrange os países de população negra situados ao sul do deserto do Saara, é a única área do planeta que regrediu economicamente em relação à década de 60. O continente é marcado também pelos conflitos etno-religiosos, tanto entre clãs e tribos na África Negra, quanto entre guerrilheiros fundamentalistas e o governo nos países islâmicos.
Após o processo de descolonização, entre as décadas de 1950 e 1970, as guerras civis tornaram-se constantes na região da África Subsaariana, já que as fronteiras políticas dos Estados nascentes não obedeceram às divisões étnicas, religiosas e linguísticas dos povos nativos. Desde então, cerca de 20 nações africanas já entraram em guerra. As ricas reservas de minérios, com enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento económico, funcionam, ao contrário, como motor de alguns conflitos.
Há fome e subnutrição crónica em quase 20 países. O maior problema na área da saúde é a propagação de epidemias. Cerca de 90% dos casos mundiais de malária ocorrem na África Subsaariana e 71% dos portadores do vírus HIV no planeta vivem na região. Em Botsuana e Zimbábue a Aids atinge 1 em cada 4 adultos. Por causa da SIDA, a expectativa de vida dos africanos cai drasticamente. Em 1990, ela era de 59 anos e até 2005 deve baixar para 45 anos.
O atraso económico e a ausência de uma sociedade