ADP Capital Marx
Em sua obra, O capital, fica claro que, para Marx, a necessidade de desenvolver a expressão do valor na relação de valor entre as mercadorias, partindo de sua forma mais simples até sua forma mais complexa para elucidar a gênese do dinheiro. A forma mais simples entre uma relação de valor, apenas se dá de forma polarizada entre duas diferentes mercadorias, A e B, onde x da mercadoria A equivale a y da mercadoria B. Marx utiliza o linho e o casaco como tais mercadorias, respectivamente. Por trás dessa relação de igualdade, está o conceito de trabalho abstrato, ou seja, a substancia do valor. Com isso, Marx elabora o conceito da forma relativa e da forma equivalente, sendo essas os pólos da mesma expressão de valor. A forma relativa do valor, que no exemplo é exercida pelo linho (mercadoria A), ocorre quando uma mercadoria tem seu valor expresso em um valor-de-uso de outra mercadoria B, o casaco. A mercadoria utilizada pela forma equivalente de valor, que é fruto do trabalho concreto, é expressa no trabalho humano abstrato para que, dessa forma, possa ser a representação do valor comum. Ou seja, o casaco não possui valor-de-uso na relação de troca, sendo essa transformada em quantidade de trabalho abstrato, tornando-se forma de manifestação do valor de troca. Entretanto, a forma de valor simples é insuficiente para uma visão mais ampla. Afinal, ela não traduz igualdade qualitativa e suas proporções quantitativas para uma relação contendo mais que duas mercadorias. Portanto, se faz necessário a elaboração de uma forma extensiva ou total do valor. Nela, a forma de valor relativa de uma mercadoria A é expressa em diversas outras mercadorias, B, C, D, etc. Logo, todas as mercadorias, com exceção da mercadoria A, assumem a forma extensiva do valor equivalente. Porém, por apresentarem a forma equivalente, essas não possuem valor comum, ou seja, se na forma extensiva do valor, se x da mercadoria A = y da mercadoria B ou z da mercadoria C, não se