Anotações sobre o capital livro 1 de karl marx

08/09
Capítulo I – A Mercadoria
Teoria do valor (de troca) - teoria das trocas - teoria de socialização
Capitalismo só aparece no Capital a partir do 4º capítulo. O Capitalismo se divide em relações de mercado (Rm) e de salário (Rw). O mercado veio antes do capitalismo, que nasceu da generalização do mercado. A interpenetração entre as Rm e as Rw constitui a forma da economia capitalista. Para conhecer o K é necessário conhecer, antes, as relações mercantis. Marx queria superar a teoria ricardiana, criar uma nova problemática. A principal alavanca do crescimento é a divisão do trabalho, determinada pelo valor (A. Smith). Nem Smith nem Ricardo se preocupam com a construção de um conceito de mercadoria. Marx atribui à mercadoria dois pilares: o valor-de-uso (VU) e o valor-de-troca (VT) = valor. O VU é a satisfação que o bem traz, sua utilidade. Um serviço pode, portanto, ser uma mercadoria. O VU divide-se em meios de consumo e meios de produção, e ambos têm de servir para a satisfação de necessidades. Para conhecer o VT é necessário abstrair-se o VU.

14/09
Para Ricardo e Smith não cabe o conceito de mercadoria. Para Marx ela tem valor histórico determinado, daí a necessidade de construção de seu conceito. O VU da mercadoria está associado a uma demanda social. O VU existe sem o VT, mas não há VT sem VU. Sobre o VT: Inicialmente, o VT é definido como uma relação quantitativa entre dois VU de espécies diferentes. É dado como uma relação de troca entre duas mercadorias (forma mais simples). A relação de troca explica-se pela relação qualitativa entre as mercadorias, é essa relação que dá racionalidade à troca. Marx chama essa relação qualitativa de substância do valor, algo que está na mercadoria e lhe atribui valor. O trabalho é o que está por trás da relação de troca. Para Marx (M.) o VU é um pressuposto do VT, mas não é sua fonte. A teoria de situação de mercado (oferta X demanda) explicaria o VT das mercadorias. M não