Adolpho Bloch 1
Adolpho Bloch ou Avram Yossievitch Bloch, nasceu na região de Jitomir, Império Russo, (Ucrânia atualmente) no dia 8 de outubro de 1908, e morreu em São Paulo, no dia 19 de novembro de 1995.
Em 1922, após vivenciar perseguições por Bolcheviques, presenciar a primeira grande guerra, e ser testemunha ocular a ver “Czares” sendo despostos e o grande império Soviético ser erguendo, Joseph Bloch, tipógrafo judeu de uma pequena aldeia Ucrânia, migra com sua numerosa família e o “prodígio caçula”, que mais tarde com a cidadania brasileira se tornaria Adolpho.
Com o pouco dinheiro que sobrava, Joseph, montou uma pequena gráfica e daí que sugira o império, muitos falam que a ambição foi essencial ao crescimento, mas a mesma, em proporções exorbitantes, acabou a leva-la ao declive e completa “quebra” de sua emissora.
Boêmio excêntrico, Adolpho nunca fugiu de suas “origens trabalhistas”, trabalhou sendo chefiado por Roberto Marinho, dono da editora Rio Gráfica na década de 40. Essa mesma boêmia enscrutada, lhe fez uma cultura. Sambas, Gafieiras cariocas, o bailar de pés ritmizado, lhe inspirou uma novela (na já criada manchete), foi idealizador e espectador voraz, a qual muitos diretores até hoje aclamam, a novela “Kananga do Japão”.
Em 1952, em um seminário, pra ser mais preciso no dia 26 de abril, Bloch lançou seu primeiro “porgam”, (como gostava de dizer todos os seus projetos) a revista Manchete, e daí se origina, a qual muitos enchem a boca e dizem que fora o maior império da América Latina, e com grande pesar balbuceiam sua queda.
Amigo próximo de JK, e toda personalidade excêntrica que Dostoeyevsky explicitava em seus livros, Adolpho não era diferente, brigou com todas as forças para que JK fosse velado no saguão de seu império, mal sabiam, que após 19 anos, seria ele.
Contrariando pensadores, Adolpho não queria investir em mídia eletrônica, a consolidação do jornal era sua prioridade, mas por pressão de seus sobrinhos, e assim abrindo os