Adolescencia
As condições sociais e econômicas na atualidade brasileira reafirma uma tendência histórica em nosso país de se resolver na esfera privada o que seria (é) de ordem pública. Assim, na ausência dos direitos sociais é na família que os indivíduos tendem a buscar recursos para “responder” as situações adversas (precariedade social, desemprego, doenças etc.). A família sempre funcionou como anteparo social, diante do vazio institucional de políticas públicas que assegurassem a reprodução social, as mudanças especialmente na última década, mudaram o cenário em que movem as famílias (ALENCAR,2008).
Corroborando com a identificação antedita, compreendemos que as condições de vida das famílias brasileiras impactam diretamente sobre as crianças e jovens que as compõe, e em todos os aspectos da sua vida. Um jovem membro de uma família desprovida de meios de manter suas necessidades básicas, consequentemente apresentará dificuldades em seu processo de aprendizagem escolar, pois quando ele está no espaço escolar ele leva consigo tudo o que ele sente em vida familiar e comunitária, e isso irá refletir dentro da escola. Não é porque se está no espaço escolar/acadêmico que se esquece das dificuldades vivenciadas em sua realidade social.
Diante do aumento da desigualdade, fica mais difícil para os pais e/ou responsáveis dedicar-se da forma ideal aos filhos, haja vista que os pais necessitam trabalhar para o sustento de sua família, não havendo tempo para o diálogo; e sem o diálogo se perde a proximidade que deveria existir, e consequentemente, pela escassez do tempo, o acompanhamento da vida escolar das crianças e jovens por parte de seus familiares deixa por desejar. “Para uma educação de qualidade, tem-se a necessidade do apoio familiar para garantir o aprendizado do jovem, que tem garantido o acesso e permanência na escola (COUTINHO, RIBEIRO e BARRETO 2012)”.
Além disso, não podemos deixar de