Administração
Os últimos duzentos anos viram o mundo passar por um processo de transformação radical. Sob o impulso do desenvolvimento industrial, a história acelerou-se, ganhou outro ritmo. E hoje, quando comparamos o mundo industrial moderno com o mundo de há dois anos ou três séculos, verificamos que muitos elementos que então não existiam ou tinham pouca importância ganharam particular significado. No setor social isto é particularmente verdadeiro em relação as organizações. Estas sem dúvida existiam em épocas anteriores, não são uma criação da época industrial. Antes de construir a regra, porém eram as exceções.
Hoje, o quadro é outro. As organizações são indiscutivelmente o tipo de sistema social predominante das sociedades industriais. Enquanto antes a sociedade era constituída inúmeros pequenos sistemas sociais desorganizados, hoje são as organizações que estão cada vez maiores e melhor estruturadas, que dominam o panorama social contemporâneo. Enquanto em um passado não muito longínquo era a família, a tribo, o clã, o feudo, a pequena empresa familiar, de caráter agrário, artesanal ou eventualmente comercial, os sistemas sociais dominantes, no mundo moderno apenas a família, embora muito modificada, conserva sua importância; as pequenas empresas tendem a desaparecer, e aqueles outros tipos de sistema social já desapareceram, dando lugar às grandes empresas, ao Estado moderno com toda a imensa gama de serviços que presta, aos clubes, às escolas, às igrejas, às associações de classe.
Hoje raramente o homem trabalha, defende seus interesses, se diverte por conta própria, de forma isolada. Ele está inserido em organizações burocráticas que coordenam seu trabalho, seu estudo, seus interesses, suas reivindicações. Sua organização é de caráter econômico, político, cultural, religioso, que se justapõem, que se interpenetram, que se entrecruzam, que entram em relações de cooperação e conflito, dependência e interdependência.
É, portanto