Administração
A Irizar estimula colaboração e visão abrangente do negócio. Lá, quem brilha é a equipe
Gabriel Penna (undefined) [pic] 01/12/2008
Crédito: Luciana Cavalcanti
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O pessoal da Irizar é dono do próprio nariz: o horário de trabalho é livre, desde que cumpram as tarefas
Na Irizar, fabricante de carrocerias de ônibus de luxo localizada em Botucatu, no interior de São Paulo, não há lugar para estrelas. Seu modelo de gestão, baseado em grupos multidisciplinares e autônomos, estimula a colaboração e a comunicação entre os níveis. Na fábrica, os quase 400 funcionários são divididos em equipes, que escolhem internamente o líder, dividem tarefas, definem horários e até selecionam e treinam gente nova. Todos sabem o que têm de fazer e assumem a responsabilidade pelo trabalho. Cabe aos nove coordenadores — como são chamados os gerentes — e quatro diretores dar orientações e resolver eventuais problemas.
"Atuamos como conselheiros e apoiamos as equipes para que as engrenagens girem bem", diz Cyro Penteado, de 42 anos, coordenador de pós-venda. A informalidade dá o tom das relações na empresa e possibilita uma comunicação transparente. Entre a fábrica e a área administrativa não há paredes. Nos murais, há desde respostas às sugestões de funcionários até relatórios financeiros. "Aqui, o gestor tem que esquecer o modelo tradicional de chefia e aprender a ouvir e confiar", diz Paulo Cadorin, diretor administrativo-financeiro.
Qualquer semelhança com o conceito de liderança servidora é, de fato, uma mera coincidência. Os líderes na Irizar atuam dessa forma desde muito antes de o consultor americano James Hunter lançar a idéia do chefe que serve antes de ser servido em O Monge e o Executivo (Editora Sextante). A empresa já está no Brasil há uma década e, neste ano, seus gestores tiveram 82,6% de aprovação de seus funcionários, o que ajudou a companhia a entrar pela primeira vez no Guia VOCÊ S/A-EXAME – As Melhores Empresas para Você