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Diante do cenário atual da indústria têxtil brasileira, são crescentes os desafios do setor que precisa agir levando em consideração o fato de ser o maior alvo da concorrência com produtos importados. O país tem mais de 30 mil empresas, emprega 1,65 milhão de pessoas na cadeia produtiva e é o sexto maior parque têxtil do mundo.
De acordo com o relatório de acompanhamento setorial têxtil, publicado pela
ABDI(Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) em dezembro de 2008, uma série de mudanças ocorreram no setor devido a abertura comercial "que expôs os fabricantes nacionais à concorrência externa depois de um longo período" (HIRATUKA et al, 2008, p.1).
Em consonância com este relatório, a ABIT (Associação Brasileira de Indústria Têxtil), aponta que, em 2007, o consumo per capita de artigos têxteis e de vestuário cresceu em menor proporção que a produção nacional e que parte da demanda interna foi suprida por produtos importados(com crescimento de 33% em volume).
Para Pavão e Campos (2010, p. 47), a abertura do mercado na década de 1990 ocasionou a possibilidade de aquisição de novas máquinas e equipamentos, que não foi aproveitada pelos produtores brasileiros por receio de investimentos errôneos, visto a entrada de novos concorrentes para a indústria têxtil.
Além destes fatores mencionados, Silvio Napoli aponta em entrevista que, apesar da indústria brasileira ser moderna, criativa e competitiva, "o problema está da porta da fábrica para fora, onde temos que lidar com uma alta carga tributária, questões trabalhistas e logísticas, que não são problemas da indústria têxtil, mas de política econômica"
Como pode-se identificar, são diversos fatores que contribuíram para que a indústria têxtil brasileira demonstre um baixo desempenho financeiro. Porém, neste estudo pretende-se focar apenas na relação entre a taxa cambial e a situação financeira de cinco empresas têxteis de capital aberto - Buettner, Coteminas, Döhler,