administração
Por outro lado, a função da burocracia na administração econômica opõe-se à operação plena da lei do valor, impedindo a desvalorização e expulsão da capacidade excedente, ao mesmo tempo em que tampouco é capaz de subordinar efetivamente todas as formas de trabalho social à acumulação de capital. Uma mostra do primeiro é que durante os anos 90 a taxa de falência chinesa não foi mais do que 0,05% ao ano, vinte vezes menor que o nível dos Estados Unidos. A mostra do segundo é que o setor estatal ainda é vital para a economia chinesa e a estabilidade social porque ainda emprega 45% da força de trabalho urbano e recebe a maior parte dos empréstimos bancários. Do ponto de vista do capital, a sobrevivência da burocracia é responsável pela montanha de maus créditos, ligado ao fato da obrigação dos bancos a apoiar companhias insolventes em muitos casos por motivos políticos. Em certa medida, a supercapacidade manufatureira é consequência destas práticas dando lugar a um endividamento dos bancos até limites insustentáveis (80% dos créditos bancários dirigiram-se ao setor público e mais de um quarto nunca foi pago). No mesmo sentido, os dois mercados acionários da China, que já estão abertos há mais de uma década, permanecem território quase exclusivo das empresas do Estado. A maioria das ações é possuída pelo Estado ou pelos funcionários, razão pela qual os acionistas ordinários não têm influência sobre o manejo das companhias. Segundo The