Administração
Por Vivian Rio, Rosângela Curvo Leite e Mônica Bulgari
A popularização das redes sociais como plataforma de relacionamento tem permitido a seus usuários novas estratégias para construção de sua imagem pessoal e profissional. Por meio de publicações, citações ou associações a conteúdos midiáticos (que podem ser desde fotos de uma viagem, cursos realizados, até o check-in em um restaurante da moda), os usuários modelam, à sua maneira, seu avatar no mundo virtual. Para quem busca novos seguidores, “curtidas” ou “compartilhamentos” (sinal de sucesso nas redes sociais), continuam valendo as estratégias clássicas de sociabilidade: estar sempre bem informado, ter um conhecimento cultural mínimo e se mostrar sensível e aberto a novas histórias e situações.
Nesse desejo por visibilidade, uma prática que tem se intensificado nas redes é o compartilhamento de citações, desde as de autoria de Platão e Freud até as de Neymar. Em sua maioria, essas frases célebres tematizam valores universais, regras de bom senso e relacionamento. Como são dotadas de criatividade, sensibilidade ou humor, citações são uma maneira de associar a si mesmo uma ideia, pensamento, visão ou sentimento de outra pessoa, com o intuito de dizer aos seguidores: “eu também sou/penso/ajo assim”.
Tamanho é o sucesso dessa prática de citar autores que, na Internet, há inúmeros sites especializados em colecionar citações. Mas o alarmante é que não há necessariamente garantia da autenticidade da autoria dos textos. Personalidades como Pablo Neruda, Gandhi, Mário Quintana, Luís Fernando Veríssimo, Arnaldo Jabour, Martha Medeiros e até Pedro Bial são as preferidas dos “falsificadores” de citações. Um exemplo é o do texto que circulou durante muito tempo em correntes de e-mail: “Depois de um tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma…”. Embora a ideia seja muito expressiva, a redação deste