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As vendas pela internet devem movimentar mais de 23 bilhões de reais neste ano — 25% mais do que em 2012. Como fazer parte desse mercado? Fonte:http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0052/noticias/e-commerce?page=4
São Paulo - Uma parte do trabalho dos funcionários do site paulistano Enjoei — brechó online que vende roupas e acessórios para casa usados — é descrever as mercadorias em destaque de um jeito engraçado. Há algumas semanas, uma camisa era anunciada assim: "Este modelo é para os mocinhos que adoram um xadrez. É nova, oba! A Luciana ia dar para o boy, mas o namoro acabou antes, que trágico! Sai por 140 reais".
Cativadas por tiradas desse tipo, mais de 80.000 pessoas já curtiram a página do Enjoei no Facebook. "Fechamos, em média, 200 pedidos por dia", afirma o administrador Tiê Lima, de 32 anos, que criou o site há apenas quatro meses com sua mulher, Ana Luiza McLaren, de 30. "Desse jeito podemos faturar uns 3 milhões de reais já neste ano."
Negócios como a Enjoei vêm se beneficiando do crescimento no número de brasileiros que fazem compras pela internet. Segundo dados da e-bit, consultoria especializada no varejo online, no ano passado 9 milhões de pessoas fizeram compras pela internet pela primeira vez, o que fez o número de consumidores online chegar a quase 32 milhões atualmente.
A expectativa é que o setor movimente 23,4 bilhões de reais neste ano — 25% mais do que em 2011. "A expansão acelerou à medida que o computador e a conexão à internet ficaram mais baratos e acessíveis a mais gente", diz Norberto Torres, diretor da Uniconsult, consultoria especializada no setor.
O resultado é que, em pouco mais de uma década, o varejo online deixou de ser uma promessa para ganhar dinamismo próprio. A tecnologia mais barata faz cair o custo de manutenção das lojas online, o que estimula o aumento da oferta de novos produtos e a criação de novas lojas. Mais movimento chama a atenção de novos operadores