administração
Talvez a melhor forma de começar seja dizendo o que motivação não é. Muitas pessoas vêem, incorretamente, motivação como um traço pessoal — isto é, alguns a têm e outros, não. Na prática, alguns gerentes rotulam como preguiçosos empregados que parecem não ter motivação. Este tipo de rótulo pressupõe que um indivíduo é sempre preguiçoso ou nunca tem motivação. Nosso conhecimento de motivação nos diz que isto não é verdade. O que sabemos é que a motivação é o resultado da interação entre o indivíduo e a situação. Certamente, indivíduos diferem em seus impulsos motivacionais básicos. Mas o mesmo empregado que se sente logo entediado por abaixar a manivela da sua furadeira pode ficar horas a fio abaixando a manivela de uma máquina caça-níqueis em Las Vegas sem se sentir nem um pouco entediado. Você pode ler um romance completo de uma vez e no entanto achar difícil ler um livro didático por mais de 20 minutos. Não é necessariamente você — é a situação. Assim, enquanto analisamos o conceito de motivação, tenha em mente que o nível de motivação varia canto entre indivíduos quanto para indivíduos em tempos diferentes. Definiremos motivação como a vontade de empregar altos níveis de esforço em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo. Enquanto a motivação geral está interessada no esforço em direção a qualquer meta, estreitaremos o foco para metas organizacionais a fim de refletir nosso interesse singular em comportamento relacionado ao trabalho. Os três elementos-chave em nossa definição são esforço, metas organizacionais e necessidades. O elemento esforço é uma medida de intensidade. Quando alguém está motivado, se esforça mais. Porém, níveis altos de esforço não têm a probabilidade de levar a resultados favoráveis de desempenho no trabalho a não ser que o esforço esteja canalizado numa direção que beneficie a organização. Portanto, devemos considerar a qualidade do