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Brendan Fraser sempre teve uma grande dificuldade como ator: convencer como ser humano. Depois de ter feito tantos papéis esquisitos – dentre eles, os personagens-título de Homem da Califórnia e George – O Rei da Floresta - Fraser ficou bastante estigmatizado como o intérprete perfeito para toda a sorte de bobos e desmiolados no cinema. Vez em quando, o ator tenta algum projeto mais sério e acaba esbarrando naquele probleminha citado acima. Em Crash – No Limite, por exemplo, Fraser não consegue convencer em nenhum momento como marido respeitável de Sandra Bullock. Mesmo duvidando muito do resultado, fiquei curioso em assistir a Decisões Extremas, dobradinha entre ele e Harrison Ford, lançada diretamente em DVD no Brasil.
O filme surpreende logo no seu início. E não falo de invencionices do roteiro ou qualquer coisa envolvendo a história em si. Surpreendente é ver, pela primeira vez desde Star Wars, Harrison Ford não ser o nome principal a ser creditado. O longa-metragem é produzido pelo ator que, talvez até por isso, tenha se sentido menos tentado a encabeçar o elenco, deixando a função para o já citado Brendan Fraser. É no mínimo curioso.
Decisões Extremas tem direção de Tom Vaughan (de Jogo de Amor em Las Vegas) e roteiro assinado por Robert Nelson Jacobs (de Chocolate), baseado no livro The Cure, da jornalista vencedora do Pullitzer Geeta Anand que, por sua vez, baseou-se em fatos reais.
Na trama, John Crowley (Fraser) é um homem de família, casado com a bela Aileen (Keri Russell, do seriado Felicity) e pai de três filhos. Os Crowley tentam de todas as formas manter uma rotina normal, mesmo tendo de encarar uma batalha diária: dois de seus três filhos tem a doença de pompe, uma doença degenerativa que afeta os músculos e sistema nervoso. De acordo com as pesquisas de John, as crianças tem expectativa de vida até os 9 anos de idade, o que o deixa desesperado por uma solução para o problema. Ao conhecer as pesquisas do dr. Robert Stonehill