Administração
Depois, prosseguindo em sua anatomia da produção capitalista, Chaplin nos apresenta as formas de controle do capital sobre a força de trabalho. O capitalista exerce controle total sobre a produção capitalista através do comando da velocidade da esteira automática, acionada pelo capataz, a partir das suas ordens dadas através de uma tela imensa. É um controle virtual que atinge o operário não apenas na linha de produção, mas inclusive nos locais de privacidade no interior da fábrica, tal como o banheiro, onde o industrial worker esperava encontrar um espaço para si e não para o capital.
Entretanto, o controle capitalista que ocorre através da linha de montagem, a esteira automática, e as telas imensas que existem na fábrica, não podem ser consideradas absolutas. O que iremos verificar é que o surto nervoso do industrial worker aparece como uma dimensão da sua subjetividade insubmissa diante do controle do capitalista (nem o capitalista controla a disposição intima do industrial worker, nem o próprio Chaplin, como persona do capital, consegue controlar a si mesmo).
O sistema de máquinas possui, como