administração
03 de abril de 2013 | 2h 08
Notícia
A+ A-
Assine a Newsletter
Tweet
O Estado de S.Paulo
Em fevereiro, a produção industrial diminuiu 2,5%, em relação a janeiro, e 3,2%, em relação a fevereiro do ano passado, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE. Os gráficos sobre o comportamento da indústria neste ano mostram uma gangorra - repetindo o que ocorreu nas contas fiscais -, e tudo indica que isso não se deve apenas às oscilações de um ou outro setor, por mais importante que seja (como a indústria de autos). Há sinais de desarranjo macroeconômico, que só poderá ser atenuado por uma retomada de investimentos.
O comportamento dos bens intermediários foi muito fraco em fevereiro, pois houve queda em relação a janeiro e ainda mais forte comparada a fevereiro de 2012. No primeiro bimestre, a produção desses bens essenciais à operação industrial foi inferior em 0,3% à do mesmo período de 2012, o mesmo ocorrendo - e com maior intensidade (-1,5%) - nos últimos 12 meses, comparativamente aos 12 meses anteriores.
Ainda mais fraco foi o comportamento dos bens de consumo, em especial dos semiduráveis e não duráveis. O recuo da produção dos duráveis foi menor e, de fato, influenciado pelo setor de veículos.
Não basta, portanto, que o governo estimule o consumo, pois o comércio é cauteloso nas compras da indústria e esta, na média, é pouco competitiva no mercado global, tanto que as exportações caíram no trimestre. A produção industrial caiu mais do que os analistas previam em fevereiro. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos veículos certamente levou em conta a forte queda das vendas.
Os dados mais positivos do primeiro bimestre vieram dos bens de capital, que passaram por um longo período de retração, ininterrupta durante o último quadrimestre de 2011 e em todo o ano passado. A produção de bens de capital aumentou 1,6% em janeiro - e já havia registrado alta de 9,2% em relação a dezembro