Administração
1. INTRODUÇÃO
Esta aula trata dos problemas envolvidos na elaboração de cenários e definição de estratégias como etapas do processo de planejamento estratégico. Nossa preocupação essencial ao abordar este tema foi problematizar o ambiente e o uso de técnicas de gestão.
2. NOVAMENTE, UMA BREVE RETROSPECTIVA
O uso de cenários se generaliza a partir da teoria militar e ganha terreno como ferramenta de gestão pública e privada a partir dos estudos da Rand Corporation, do Clube de Roma desde os anos cinqüenta e do Hudson Institute (Herman Kahn). Grandes corporações empresariais como a Shell ou empresas de consultoria como a Global Business Network (GBN, fundada por Pierre Wack e Arie de Geus), difundiram e popularizaram metodologias hoje largamente conhecidas[2]. No Brasil o pioneirismo coube há pelo menos vinte anos, às empresas estatais de grande porte como a Petrobrás, a Eletrobrás ou a antiga Telebrás (CPqD), na prospecção de mercados, projeção de preços ou da demanda futura[3]. Variáveis essenciais para o planejamento estratégico e sobrevivência competitiva. No campo acadêmico poucas iniciativas merecem destaque, o estudo de Jaguaribe (1989) e de Rattner (1979) poderiam ser os destaques mais importantes. Nos anos oitenta e noventa diversas organizações governamentais desenvolveram cenarizações importantes relacionados ao desenvolvimento regional (SUDAM, Eletronorte), tecnologia (CNPq), financiamento tecnológico (FINEP), crédito e fomento (BNDES) até o marco representado pelo projeto “Brasil 2020” da antiga Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República em 1998[4]. O trabalho de prospecção no âmbito do governo federal continua atualmente no projeto “Brasil 3 Tempos: 2007, 2015 e 2022” protagonizado pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O método consiste em gerar Cenários Prospectivos promovendo uma consulta Delphi (perguntas estruturadas sobre eventos futuros em