Administração
TRABALHO DE ECONOMIA E MERCADO
RESENHA - OS FUNDAMENTOS KEYNESIANOS DA DECISÃO DE INVESTIR
13/03/2012
JOSÉ RENATO DOMINGUES DA CRUZ
TURMA: 2011 - 1
CACHOEIRA DO SUL, 13 DE MARÇO DE 2012.
-OS FUNDAMENTOS KEYNESIANOS DA DECISÃO DE INVESTIR-
No modelo keynesiano, o investimento em capital fixo resulta de uma análise comparativa entre a eficiência marginal do capital e a taxa de juros de curto prazo. Tal modelo atribui à taxa de juros um papel secundário, porém importante.
Kalecki diverge radicalmente da concepção keynesiana ao afirmar que esta influência poderia ser exercida pela taxa de juros de longo prazo, mantendo sua ênfase em fatores de longo prazo. No entanto, o comportamento relativamente estável (por resultar do comportamento médio das taxas de juros do curto prazo), inviabiliza esta concepção. Tendo em vista que uma variável estável certamente não poderia explicar outra essencialmente dinâmica, Kalecki constrói, desta forma, o seu arcabouço teórico que desconsidera a taxa de juros na determinação do investimento em capital fixo.
Neste estudo dos determinantes de investimento em capital fixo privado no Brasil: 1980/90, verificou-se que a taxa de juros apresentou uma correlação negativa de 0,4978 sobre a decisão do investimento produtivo nos anos 80, o que demonstra, uma boa correlação. No entanto, uma comparação entre as taxas de juros com o investimento em capital fixo não permite evidenciar a função do custo de oportunidades de forma tão explícita quanto supunha Keynes, pelo menos para o período analisado, porque a FBCF é relativamente indiferente às oscilações da taxa de juros, pois mantém-se relativamente constante e baixa em quase todo o período.
Por outro lado, embora o elevado custo financeiro para aquisição de capital de terceiros (custo do capital), em vários anos do período, tenha influenciado negativamente o investimento produtivo, uma explicação mais