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Comentário sobre o Filme “Treze Dias que Abalaram o Mundo”
O filme narra a instalação dos mísseis soviéticos em Cuba, em 1962, o que deixou o governo norte-americano em alerta. Conseqüentemente, deixou o presidente Kennedy em uma situação delicada, pois uma parte do escalão do governo ficou a favor da destruição dos mísseis e a invasão de Cuba, e a outra parte a favor da negociação pela retirada dos mísseis de forma pacifica.
Durante treze dias, o mundo aguardou com ansiedade o desfecho desse episódio, pois o conflito gerava uma séria possibilidade de guerra nuclear entre os EUA e a União Soviética. Os eventos envolveram um grande número de políticos, militares e gente influente (jornalistas, informantes...), todos temendo uma invasão russa através da base de Cuba.
Os acontecimentos do filme se passam, em sua maioria, na Casa Branca, onde inúmeras reuniões acaloradas tentam encaminhar e resolver a questão do armamento em Cuba.
A crise acabou sendo contornada e administrada, com a mediação da ONU, resultando em um acordo: os soviéticos retirariam os mísseis de Cuba e, em contrapartida, o governo norte-americano se comprometeria a não fazer novas tentativas de invasão a Cuba. Secretamente, os EUA também se comprometeram com a União Soviética a retirar os seus mísseis na Turquia.
No meu entender, o modelo que mais representa a situação narrada no filme é o Modelo Burocrático, devido a alguns fatores:
Interesses dos atores gerando linhas cruzadas entre políticas (guerra ou desarmamento pacífico). Os militares desejavam enfraquecer o governo de Kennedy, por isso tentaram de todas as formas levar situação até a guerra, fazendo com que o governo fosse desmoralizado perante a opinião pública mundial, perdendo força política. De outro lado, os que desejavam a resolução pacífica temiam adotar posturas mais brandas e passarem uma imagem de fraqueza, confirmando uma supremacia soviética.
A situação apresenta um jogo