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Autor(es): Martin Ford
Valor Econômico - 16/11/2011 http://www.valor.com.br/opiniao/1096220/para-economia-sem-empregos Quase todas as previsões econômicas apontam que o desemprego elevado em grande parte do mundo desenvolvido persistirá, muito provavelmente, por vários anos. Será, no entanto, que mesmo uma projeção sombria como essa não estaria subestimando os índices futuros de desemprego?
À medida que vemos a contínua aceleração nos avanços em computadores, tecnologias robóticas e outras formas de automação de empregos, mais trabalhadores são deslocados e a criação de empregos fica ainda mais complicada. A maioria dos economistas rejeita a ideia de que isso poderia levar a um desemprego estrutural de longo prazo. A mídia conservadora dos Estados Unidos recentemente zombou do presidente do país, Barack Obama, por sugerir que a automação pode afetar o crescimento do emprego. Obama, no entanto, estava certo ao levantar a questão.
Uma grande porcentagem da mão de obra atual, em alguns aspectos, consiste de trabalhos basicamente rotineiros e repetitivos. Parece provável, à medida que o hardware e software continuarem melhorando, que muitos desses tipos de empregos se tornem suscetíveis à automação, especialmente ao "aprendizado de máquina".
Se os consumidores não conseguirem ver nada além de uma situação na qual o trabalho é automatizado e se tiverem a impressão de que novos cursos ou graduações não servem de proteção contra isso, eles adaptarão seus gastos de forma correspondente.
Não se trata de alguma improvável tecnologia do mundo da ficção científica, mas de uma simples inferência a partir dos atuais "sistemas especialistas" e algoritmos especializados, que hoje em dia pousam aviões, negociam eletronicamente em Wall Street ou ganham de quase qualquer ser humano no xadrez. O Watson, da IBM, computador que saiu vencedor no programa de TV "Jeopardy!", indica que os algoritmos de "aprendizado de máquinas" podem em breve estar