Empresas que obtiveram sucesso ao longo de sua carreira na busca da máxima produção, tornaram-se exemplos a serem seguidos e suas técnicas de produção e controle são implantadas nos sistemas de manufatura de toda indústria que deseja alcançar ou manter uma vantagem competitiva no mercado. A filosofia Just-In-Time merece destaque em todo o mundo, tendo em vista a grande necessidade de reduzir custos principalmente na área de produção, sempre mantendo a qualidade dos produtos. Criado em 1960 pela nipônica Toyota Motor Company, foi considerado como uma das ferramentas de gestão que mais contribuíram para o milagre industrial japonês. A idéia base é bastante simples: cada etapa do ciclo de produção só deve solicitar novas encomendas à etapa anterior na medida em que precisar delas. Implica igualmente uma redução do número de fornecedores. A Toyota procurava um sistema de gestão que pudesse coordenar a produção com a procura específica de diferentes modelos de veículos com o mínimo atraso. Quando a Toyota decidiu entrar no ramo de fabricação de carros, depois da Segunda Guerra Mundial, a pouca variedade de modelos de veículos exigia flexibilidade para fabricar pequenos lotes com níveis de qualidade comparáveis aos conseguidos pelos norte-americanos. Esta filosofia de produzir apenas o que o mercado solicitava passou a ser adaptada pelos demais fabricantes japoneses e, a partir dos anos 70, os veículos por eles produzidos passaram a assumir uma posição bastante competitiva no mercado. Segundo Richard Schonberger, primeiro autor a divulgar a metodologia nos Estados Unidos, a idéia em que repousa o JIT é simples: fabricar e entregar produtos apenas a tempo de serem vendidos, submontá-los apenas a tempo de montá-los nos produtos acabados, fazer peças apenas a tempo de entrar nas submontagens e, finalmente, adquirir materiais apenas a tempo de serem transformados em peças fabricadas.