Adeus lein
A obra filosófica de David Hume resgata a preocupação de implantar nas ciências humanas a metodologia rigorosa adotada por Newton para a física e a astronomia. O princípio básico desse raciocínio recomenda evitar toda hipótese não comprovável experimentalmente.
Hume foi o principal filósofo da corrente de pensamento empirista moderna, ou seja, acreditava que as experiências são únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas. A sua teoria trata, portanto, de um novo passo em relação à teoria de John Locke, segundo o qual a nossa mente é uma folha em branco, só a partir da experiência é que conseguimos inserir ou construir conhecimento. O objeto central de seu pensamento é a percepção, sendo esta dividida em duas espécies: ideias e impressões. As impressões são as percepções originárias, que se apresentam com maior força e vivacidade, exemplo disto são as sensações, paixões e emoções, enquanto que as ideias são as imagens enfraquecidas que a memória produz a partir das impressões, ou seja, ideias (percepções fracas/ resultados da imaginação/ secundárias) e impressões (percepções fortes/ resultados dos sentidos/ são primárias).
O exame crítico de David Hume é baseado sobre a relação entre causa e efeito. Para o mesmo, todos os raciocínios que dizem respeito à realidade dos fatos parecem fundados na relação de causa e efeito, só assim podemos ultrapassar a evidência de nossa memória e dos sentidos. Todo efeito depende, para existir, de uma causa. A relação entre causa e efeito nunca pode ser conhecida a puro raciocínio, mas apenas por meio da experiência. Por exemplo, esperamos que um papel se queime se o atirarmos ao fogo. Esta certeza que julgamos ter (que o papel se queima), tem por base a noção de causa, ou seja, atribuímos ao fogo a causa de o papel se queimar.
Nossas certezas sobre o futuro devem-se à nossa crença no hábito. Para Hume, é o hábito que nos leva a inferir uma relação de causa e efeito