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A crise da economia colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, externo.
O primeiro foi a expansão dos mercados na colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Com o aumento da produção e o crescimento do mercado interno, sobretudo após o início do ciclo do ouro, os interesses particulares da colônia foram aumentando de maneira significativa. O pacto colonial passou a ser, então, um empecilho à expansão dos negócios e, portanto, ao potencial de ganhos dos colonos.
O segundo aspecto, referente ao plano externo, eram os efeitos da Revolução Industrial cada vez mais visíveis na Europa. Assim, a necessidade de busca e incorporação de novos mercados pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da dinâmica capitalista.
Com a transformação do mundo do trabalho e das relações sociais, fundamentada na produção industrial e no trabalho assalariado daí decorrentes, a produtividade cresceu: obtinham-se mais mercadorias em menos tempo de trabalho. Com isso, a Inglaterra, primeiro país a se industrializar, e, posteriormente, outros países europeus passaram a disputar mercados consumidores para suas manufaturas e mercados fornecedores de matérias-primas para suas indústrias, conflitando com os limites mercantilistas e propondo uma nova visão econômica, política e social: o Liberalismo. Essas ideias contribuíram para uma nova orientação das práticas coloniais na América, auxiliando os movimentos que lutavam contra o pacto colonial. As rebeliões planejadas pelas elites proprietárias de terras e pelas camadas populares no Brasil do final do século XVIII agravaram a crise na colônia, exemplos históricos são a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana (Revolta dos Alfaiates). A Inconfidência Mineira, se inspirava nas ideias iluministas e na independência dos EUA, foi