acordo ortografico
Muitas pessoas fazem uma ideia completamente errada do que é o Acordo Ortográfico. Algumas são cultas mas estão mal informadas – indesculpavelmente mal informadas. Com a maior das leviandades dizem disparates inconcebíveis sobre o acordo, que outros repetem como desmiolados papagaios. Impõe-se por isso ver o que é e o que não é o Acordo Ortográfico.
O Acordo Ortográfico não altera a pronúncia de qualquer palavra. Isso é verdade para qualquer reforma ortográfica. Quando em Portugal se aboliu o acento de idéia e se passou a escrever ideia, o e continuou aberto; não se tornou semelhante ao de feia. Antes de 1974 tínhamos pesada e pèzada. Pronunciavam-se em Portugal pezada (com o e pronunciado como em de) e pèzada, respetivamente. Em 1974 foi abolido o acento de pèzada, mas a nova grafia – pezada– não deu origem a uma nova pronúncia. Pezada não passou a pronunciar-se como pesada.
Atualmente, no Brasil escreve-se Coréia e européia, o que está de acordo com a pronúncia das duas palavras no outro lado do Atlântico. Em Portugal e noutros países diz-se Corêia e europêia. Com o Acordo Ortográfico os brasileiros passarão a escrever Coreia e europeia, mas isso em nada altera a pronúncia brasileira de tais palavras e de outras com a mesma terminação, como atéia.
Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2015.
Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde,