Acompanhar a evolu o cultural necessário

Artigo de Opinião sobre o texto: Arte e cultura no país, da autoria da professora Ms. Jeane Hanauer
Condenação versus Compreensão Observa-se no Brasil uma realidade muito diferente da apresentada em debate: pessoas não optam simplesmente se querem dedicar seu laser de forma erudita ou popular, até mesmo porque os gostos considerados clássicos não apresentam compatibilidade alguma com o cotidiano da maioria trabalhadora. Não se pode esperar que as pessoas ouçam, vejam ou pensem sobre temas que não existem em seu mundo, pois, se “a arte imita a vida”, que pelo menos ela imite suas próprias vidas, e não a de uma minoria que tem acesso, tempo e educação totalmente voltada para esta arte. Foram problematizados os estilos musicais, a qualidade dos cinemas nacionais frente aos enlatados, a cultura de massa – ora, se não foi tentado definir a estética! – sem notar que o problema todo se centra na educação. Não só a educação escolar, como a moral, o que conta muito na hora de definir a personalidade dos cidadãos. Há sim o acesso ao estilo erudito e, no entanto, não há um preparo para este: como ensinar pessoas a ouvirem, cantarem e dançarem algo que elas não foram educadas para entender? Porque este estilo simplesmente não tem significado algum para elas e provavelmente nunca terá. E nem precisa ter, pois acompanhar a evolução cultural é necessário, emprestando à arte que não segue o padrão populacional um caráter repulsivamente preconceituoso e descompromissado. A produção cultural não impõe nada; muito pelo contrário, já que é a humanidade quem a determina. A arte não deve se ater ao atendimento de apenas uma classe social, necessitando abranger todos os públicos, de acordo com suas necessidades, gostos, costumes e realidades, podendo sim utilizar da cultura para esclarecer a mente de seus apreciadores, de forma moderada. Existem os que se incomodam com funk carioca, sertanejo universitário, cinema nacional (da violência à prostituição) dança de rua, etc., e isto