acompanhamento
Nem sempre a mulher grávida é compreendida. Sono em demasia, vontades incontroláveis de comer certos tipos de alimentos, baixa auto-estima. As alterações sofridas pela gestante são físicas, mas aspectos psicológicos devem ser levados em conta, do primeiro ao último trimestre da gravidez. A psicóloga Cristiane Maluhy Gebara Ferreira, especialista em Cinesiologia, Interação fisio-psíquica e Terapia cognitivo-comportamental, explica as mudanças no corpo e na mente das futuras mães.
O primeiro trimestre:
A mulher pode captar através de sonhos ou “intuições” que está grávida. É a partir desse momento que se inicia a relação mãe-filho.
É muito constante a presença do desejo de ter o filho e o de não querer. Este conflito vigora porque existem perdas e ganhos na gravidez.
Principais características:
a) Hipersonia: a mulher dorme mais que o normal. Alguns autores de orientação psicanalítica interpretam esse fenômeno como uma regressão e identificação da mulher com o feto.
b) Náuseas e vômitos: as causas são diversas: 1-grau de tensão emocional, segundo estudos sobre distúrbios gastrintestinais em situação de tensão na gravidez; 2-alterações hormonais; 3-atitude ambivalente com relação à gravidez; 4-fator alérgico a substâncias presentes em alimentos feitos à base de ovo.
c) Desejos e aversões: existem algumas teorias: 1-baseadas em superstições e folclores (quando o alimento desejado não é ingerido, a criança pode nascer desfigurada ou com marcas); 2-desejos de comer barro, cimento e outros podem estar ligados à necessidade de compensar deficiência nutritiva; 3-fundo psicológico: insegurança, sugestão, ambivalência, necessidade de atenção; 4-alterações de paladar e olfato (preferência por alimentos picantes).
d) Aumento de apetite: há vários fatores: 1-correspondência dos primeiros meses entre aumento de peso e crescimento fetal; 2-necessidade de “dar” a si mesma